Com certeza existe um grande e longo thread sobre isto no mercado de tecnologia. Qual o preço correto? Eu mesmo acompanhei dezenas de discussões sobre isto, sobre qual o valor correto, qual o incorreto e outros fatores inerentes a formação de preço.
Assunto polêmico, tal qual mamilos (não viu veja: http://www.youtube.com/watch?v=uJpUhN8WW80)
A verdade é que, como muitos gostam de rotular, os ‘prostituídos do mercado’ geralmente são os carinhas de logo alí que não tem muita expertise e começa a fazer, por exemplo, um sisteminha ou um sitinho. Acontece muito isso. E os preços? Muito baixos geralmente mais que ‘de grátis’. Isto inflama muito esta thread, quase infinita sobre os mantenedores e os prostituídos, muitas vezes ríspidas e com farpas pra todo lado sobre quem é o dono da razão.
Pensando eu ao longo de muitos anos nisto de forma evolutiva e pesquisando algumas fontes na web que tratam do tema tenho uma conclusão bem particular disto, que compartilho aqui.
Vamos sair do mercado digital e vamos pro shampoo. Isto mesmo, não estou louco não, vamos pro shampoo.
Alíais, vamos pra quem é o real motivo, ou deveria ser, as vezes tem gente que esquece do abc, O CLIENTE.
Eu sou cliente e também consumidor de shampoo diariamente. Eu compro Clear Mentolado anticaspa sem sal que é sensacional. Eu tenho outras centenas de opções, mas listo três pra fins de comparações:
– Pamolive litrão: 4,00
– Fructis: 6,00
– Clear: 9,00
Eu compro pela qualidade, não que o Pamolive litrão não tenha, com certeza ele é o topo de qualidade do qual alguém dispõe de recursos para comprar ou dispensa a alta qualidade ofertada pelos concorrentes mesmo tendo recurso, e esse alguém é o cliente.
Nesse ponto de vista do shampoo volto pro digital.
Um cliente que faz um sitinho talvez jamais seja o cliente de uma grande empresa de tecnologia com alta disponibilidade de pessoal, treinamento constante da equipe e segmentação de suas operações para garantir altíssima qualidade contando com equipes e metodologias sólidas para atendimento, requisito e projetos, desenvolvimento, design de intarface, suporte, banco de dados, etc. Certo que ele deveria mesmo assim ter medo do cara que oferece um sisteminha ou um sitinho para sua empresa. Eu teria. Mas muitos deles não tem e isto fato, porém uma grande empresa, a exemplo de uma grande usina sucroalcoeira, dificilmente chegará a usar os serviços deste carinhas de logo alí e nem muito menos levará em conta nem seu orçamento para qualquer fim que seja, ora por que recurso e objetivação em qualidade sempre seja grande, ora por querer ter uma empresa bem estruturada e qualificada pra atender seus projetos contando dezenas de fatores valorados para tomada de decisão de quem escolher como sua fornecedora de soluções digitais, como qualificação, solidez de mercado, capacidade de continuidade e escalabilidade de deus negócios digitais, este cliente é uma grande empresa que não está no mercado para brincar.
Ao frigir dos ovos (com bacon então fica uma delícia) quem escolhe é quem perde, ou seja o cliente, ou talvez ganhe se o recurso dele só der pra fazer um sitinho por R$ 500,00, como talvez a fachada de sua loja seja pintada a tinta óleo azul sem tipografia definida em uma parede de cal onde pagou em 5 x de 10,00 ao pintor de paredes qualquer. Pra este, site a 500,00 é que lhe cabe. Julgar quem compra e quem oferta nesse publico é dizer que o sol não pode nascer pra todos.
Eu particularmente não tenho medo dessa concorrência nem tampouco acho que meus clientes irão abandonar meus serviços migrando para profissionais e empresas ‘a La pamolive litrão’.
Minha qualidade não se paga com 500,00.